O IBAR tem como missão valorizar a advocacia, fomentando uma prática profissional baseada em análises objetivas das diversas soluções possíveis para cada caso concreto. Para tanto, mostra-se essecial equipar advogados com as ferramentas adequadas para a identificação apropriada de interesses reais das partes e a criação de valor em razão de abordagens que produzam ganhos quantificáveis para as partes e advogados.
Além disso, o foco de nossas pesquisas e cursos têm como objetivo auxiliar advogados a fazerem a escolha procedimental adequada para cada caso, baseada em critérios objetivos relacionados aos diversos processos de resolução de disputas (e.g. arbitragem, mediação, negociação entre outros), sendo capazes de apoiar as partes no desenvolvimento de competências emocionais que permitam o distanciamento de escolhas baseadas em paixões ou posições irracionais.
CONSELHO FUNDADOR
CONSELHO FUNDADOR
ESTUDO DE CASO
Seu cliente pretende construir uma casa em um condomínio residencial localizado entre Salvador e a Praia do Forte. Há duas possibilidades que parecem atraentes: o Lote A, disponibilizado por R$ 1 milhão, e o Lote B, por R$ 850 mil, ambos com a mesma metragem e localização muito próxima à praia. De início, seu cliente considerou, por uma questão de economia, adquirir o segundo. Todavia, ao conversar com os corretores, descobriu que o lote almejado poderia ter problemas relacionados a questões ambientais antigas. Você lhe informa que, conforme súmula do STJ, as obrigações ambientais possuem natureza propter rem, fato que o tornaria responsável pela recuperação da degradação ambiental, mesmo que não tenha contribuído para a sua existência.
Ao que foi informado, as multas ainda não haviam sido lançadas. Entretanto, há indícios de resíduos que, a depender de sua natureza, ensejariam aplicação de multa pela fiscalização no montante estimado de R$ 400 mil. De toda forma, existe a possibilidade de tais resíduos não violarem normas ambientais e poderem simplesmente fazer parte do aterramento na construção do novo imóvel. Para determinar a espécie e o tipo do resíduo, seria necessária a contratação de um perito, que cobraria aproximadamente R$ 20 mil. Se for constatado que o resíduo é tóxico e precisa ser descartado apropriadamente, o custo seria de R$ 200 mil. Em uma conversa preliminar com um perito ambiental, ele indicou que, em situações como esta no litoral norte de Salvador, a probabilidade de o material ser tóxico e precisar de descarte oneroso, como o orçado previamente, seria de 60%.
Qual a melhor alternativa ao acordo negociado ao se negociar com o proprietário do Lote B? e do Lote A?
Seria melhor adquirir o imóvel para depois testar ou testar mesmo diante da incerteza de adquirir um dos lotes?
Qual o ganho pecuniário da parte neste processo de decisão?
Quais as ferramentas de Resolução de Disputas poderiam ser utilizadas para conferir maior eficiência a esse contrato?